23 de julho de 2011

Mudar de Bina

Podem ser decisões difíceis, mas no meu caso foi tudo simplificado pelos piores motivos. Depois de me roubarem a "bina" de BTT, optei por recuperar uma bicicleta de estrada e transformá-la numa bicicleta mais simples e mais urbana. Por diversos motivos, este projecto já dura há quase 1 ano, mais do que mudar de bina, quero a minha bina pronta e a rolar!




Hoje vou fazer uma visita à loja para saber o ponto da situação, enquanto isso que venha a (excelente) música do Norberto Lobo para acalmar o espírito.

19 de julho de 2011

Al(ô)é Vera!?

No aniversário da B., recebemos uma prenda muito original da prima S. que consiste em nada mais, nada menos, do que uma Casa Verde (o taralhoco do tradutor não sabia que Greenhouse era estufa em Português) de Aloé Vera. Além de ser giro e ter mil e uma propriedades medicinais, etc., o outro lado interessante da prenda é que são os miúdos que plantam o cacto. A estufa vem "equipada" com terra adequada, gravilha, sementes (mesmo minúsculas) e uma tampa hermética para criar o efeito estufa. Assim de repente, parece não passar de uma caixa de plástico com terra e pedrinhas, e dizem que é preciso esperar umas 4 semanas para que se vislumbrem os primeiros rebentos, mas foi mais rápido.

O entusiasmo da miúda cá de casa é mais do que muito, mas isto também é uma boa forma de ela aprender a controlar a ansiedade do imediato e a responsabilizar-se pela sua planta. Basicamente: didáctico em todos os sentidos.

18 de julho de 2011

Em completo (des)acordo ortográfico

Para que não restem dúvidas, também pertenço à imensa minoria que está em completo desacordo com o Acordo Ortográfico (AO), ainda me chateia mais porque trabalho diariamente com palavras e sempre que surgem trabalhos em que é necessário aplicar o AO, reparo que confirmo mil e uma palavras e que se despende um tempo tremendo com uma medida que (para mim) não tem qualquer sentido. Depois há outra questão interessante, se basicamente o AO limita-se a eliminar as consoantes mudas, eu pergunto então o que vamos fazer com as desgraçadas das vogais. Num mundo que repudia a discriminação, seja no que for, porque discriminaram as vogais mudas deste "brilhante" (estou a ser irónico) AO!? O desafio era muito mais interessante se as vogais mudas também desaparecessem. Assim, passávamos directamente para a escrita SMS e os putos não tinham tantas negativas a Língua Portuguesa como aconteceu este ano. "Qe discriminação será esta qe temos oje entre consoantes em que as vogais são exeção!?"
Se houver um linguista a ler isto de certeza que me vai fazer uma espera.

(este texto não foi escrito ao abrigo do Acordo Ortográfico)

13 de julho de 2011

Torga vs. Hemingway

Foto Josemi Robador

Amanhã acabam as festas de San Fermin, em Pamplona. Do que vivenciei das festas populares espanholas, é incontornável reconhecer que é das festas mais marcantes, mais conhecidas em todo o mundo e mais procurada por pessoas de todas as nacionalidades. Os motivos são diversos, entre o religioso e o pagão, são sete dias em que a pequena cidade de Pamplona não dorme e vive apenas para as festas do santo patrono. Como é tradição, todos os dias às 8:15 tem início o encierro, ou largada de touros feita nas ruas da cidade. Ao contrário do que é comum pensar, muitos são os que aguardam todo o ano para poder correr as ruas pelas manhãs e (muito) poucos são os ébrios que conseguem furar o cordão de segurança montado para evitar acidentes que podem ser fatais. Geralmente, aos domingos, é a ganadaria Miura que persegue os bravos corredores que transferem toda a adrenalina para as pernas que os mantêm à frente do bando de potentes animais que os perseguem. Em Espanha, os Miura são afamados de nobres e menos perigosos levando-me sempre a pensar no conto de Miguel Torga que retrata o momento da lide de um touro que é ludibriado pela capa e castigado pelas farpas até encontrar a morte na arena. Este conto marcou-me bastante quando o li pela primeira vez, o que certamente contribuiu para reforçar a minha reprovação pela tourada. Numa outra perspectiva, e quem sabe inspirado por algumas passagens do livro "Fiesta" de Hemingway, nas manhãs de Pamplona sinto que o pulsar daqueles que desafiam estes animais é de bravura, destreza, concentração, agilidade. O seu objectivo é correr à frente do touro, superar a sua força bruta, "armados" apenas com um jornal enrolado na mão que não serve para mais do que controlar a distância a que o touro se encontra enquanto devoram metros sem desviarem o olhar do que se passa à sua frente. Já vi esta corrida empolgante bem de perto e é impossível ficar indiferente ao ambiente que se vive. No passado Domingo, a corrida dos Miura foi rápida, tensa e com mais de uma dezena de feridos resultantes de quedas. Todos acabaram a largada vivos e confiantes para o desafio do dia seguinte, infelizmente, outros vão ter um final bem diferente antes de o sol cair na arena de Pamplona.

7 de julho de 2011

Finalista!

É sem dúvida estranho atribuir o "grau" de finalista a uma criança de 6 anos, mas não restam dúvidas que se fechou um ciclo com a conclusão do pré-escolar. Para o ano, ou seja, já em Setembro, a conversa é outra e às letras e números juntam-se as frases e os cálculos mais complexos. Esta primeira meia-dúzia de anos foram excelentes e até eu vou ter saudades daquela escola, mas novas experiências chamam pela B. para um novo ciclo de 4 anos que espero, no mínimo, com igual sucesso.
Viva a minha finalista de palmo e meio!

6 de julho de 2011

Socorro!!

Não se preocupem, não estou enrascado. Pelo contrário, depois do curso de Socorrismo até já estou até mais à vontade para ajudar alguém que tenha um fanico. Há tanta preocupação em ensinar tantas coisas, muitas vezes inúteis, quando estamos na escola que me pergunto porque não faz parte do curriculum escolar ensinar as técnicas básicas de socorrismo. Não é nada do outro mundo e pode mesmo ajudar a salvar alguém. É assim que nos apercebemos que ainda estamos muito longe da escala educativa de outros países. De qualquer forma, mesmo depois de ter aprendido a fazer massagem cardíaca e mais umas coisas de grande utilidade, não deixarei de esquecer a regra de ouro: a primeira coisa a fazer em situação de emergência é contactar o 112.

3 de julho de 2011

Mini-Santos Populares (parte 2/2)

E como é tradição, não há marchas sem arraial e foi mesmo isso que a escola preparou: um arraial popular. Havia de tudo. Desde caldo verde a sardinhas, febras a doces e até rifas, não faltava nada. E como é típico em qualquer arraial também era preciso ter alguma paciência para superar as filas de espera e para conseguir uma mesa, mas o importante é entrar no ambiente da festa. E o ambiente também estava criado: da música às decorações típicas dos arraiais e muitas brincadeiras para os miúdos, por uma noite a escola transformou-se num pátio dos bairros típicos de Lisboa onde ninguém falha a celebração dos santos populares.

Mini-Santos Populares (parte 1/2)

Todos os anos há uma festa na escola da B. onde as crianças preparam algumas apresentações  relacionadas com a aprendizagem no decorrer do ano lectivo. Este ano, para além das ocupações complementares foi preparado pelas crianças, com a supervisão das educadoras, um elaborado desfile de marchas populares. Todas as criações plásticas foram realizadas pelas próprias crianças, as fatiotas com a ajuda dos pais e as letras das marchas adaptadas (e muito bem) pelas educadoras. Só faltou a Avenida para que as crianças pudessem desfilar, mas o pátio da escola acabou por ser suficiente.

1 de julho de 2011

Old School e High Tech

As redes sociais têm destas coisas, e como tudo na tecnologia, podem ser bem ou mal utilizadas. No caso da malta da minha geração, desde que a (abençoada ou amaldiçoada, depende dos dias) Internet e o telemóvel se instalaram nas nossas vidas, tornou-se mais fácil não perder o contacto de pessoas que por um motivo ou por outro seguiram caminhos diferentes do nosso.
Hoje, enquanto ouvia música veio-me à ideia a sugestão de um ex-colega de uma loja de música onde trabalhei e do qual não sabia nada há mais de 15 anos. Num instante faz-se uma pesquisa no Youtube, vídeo encontrado e consequente publicação no Facebook com conhecimento para outros antigos colegas. Os Líderes da Nova Mensagem aka LNM voltavam a soar com referência a um colega muito boa onda que trabalhava connosco. Resultado: em menos de nada com uma breve troca de mensagens conseguimos voltar ao contacto com o Pio MC! Viva a rede cibernética!